Buscando não se sabe bem o quê.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Pequenas Ingerências


Vontade de fazer o que não sei e a fome de agir dentro da lei. Não sou um marginal normal e nem um humano sem cérebro. Tento ser rei, deus ou doutor, mas a vida me fez assim. Sou valente em mim. Cristão de outras eras. Sacrifico meus parcos domínios em busca de um passado melhor. Preso a tudo e a todos ouço com atenção e cuidado as velhas lamúrias que sempre me encantaram. Nobre de alma e triste de coração vou buscar nos meus atos a glória perdida no tunel do tempo. O que faço afinal, além de contar histórias aos passarinhos? Meu segredo está escondido dentro de mim. Procuro e não acho. Abro minha vida e encontro, dentro da caixa, um vagalume que perdeu o foco da luz e vive no escuro da desilusão. O pequeno retrato está ali entre os livros. A tocha simbólica da paz interna não consegue aquecer o passado sem volta. Meu retorno não é eterno e vou buscar na solidão do interior as respostas que não quero me dar. Não sei o que digo. Nem sei o que sou. Dúvidas eu tenho. Receios, também. Viver a vida sem sacrifícios é mudar a direção do destino. Deixe ele vir. Que ele me apanhe de alma lavada, falsa e perfumada.
(A escultura acima é de Camille Claudel)

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