Buscando não se sabe bem o quê.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Recital


A voz cai solta
sublime como a esperança
no centro do palco
ela canta
os versos de outrora
ela canta
e canta até o fim
e quando termina
a última estrofe
ela olha para o público
que fica em silêncio
atento em silêncio
sem demonstrar afeto
ou compaixão
simplesmente em silêncio
e o recital
assim termina
as luzes se acendem
as pessoas esvaziam
as cadeiras
as portas se abrem
e no centro do palco
ela fica em silêncio
sublime como a esperança.

Busca



Faz tempo, tanto tempo, que a gente não se encontra. Não tenho lido suas notícias,  não tenho assistido seus filmes, não tenho comparecido as suas sessões, apesar de frequentarmos os mesmos portos. Onde você anda, afinal? Não posso dizer que estou com saudades, porque não estou. Apenas entrei aqui para ver o que acontecia durante a minha ausência. Entrei sorrateiro, em silêncio, completamente na minha e vejo agora que nada aconteceu, que tudo está da mesma ,maneira como sempre esteve. Nenhuma mudança ocorreu. Não fiquei feliz por saber disso. As vezes é melhor a gente não tomar conhecimento, deixar a vida simplesmente se levar. Minha curiosidade, no entanto, me traiu. E aqui estou de volta a te procurar, mas não te encontro. O desencontro faz parte da nossa história. Eu sou funcionário e você é bailarina. E por isso continuo a te procurar, sem te encontrar.

Eu vi


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