Buscando não se sabe bem o quê.

domingo, 28 de agosto de 2011

16



Coringa, coringa, minha insistência
16 cm, ops no dezesseis.
Sim no 16
Ali está a roda da fortuna
o nosso êxito
o nosso grande êxito.

sábado, 27 de agosto de 2011

Transcendência


Passo  a medir um a um
os passos percorridos
como se estivesse na praia
e fico a olhar
cabisbaixo
a minha própria
finitude.

Isso não poderia ser assim
de lado colado
na ponta do pé
como se fosse algo
ou ninguém
um tanto enigmático
um tanto perdoado
como se tivesse a capacidade
de conjugar os verbos

Vejo distante e aprecio
a plataforma iluminada
cheia de...
não sei exatamente o quê
e isso incomoda
me incomoda
porque quero adquirir
as luzes
da transcendência

Vinil


Surabahya Johny, tire esse cachimbo da boca, seu rato! Nunca imaginei, como um dia poderia imaginar. Como poderia prever, como poderia? E o vinil é um encontro com a poesia. As velhas canções do século passado  tocando nos equipamentos de hoje em dia. De hoje em dia. Quanto falta para terminar o dia? E Fagner canta Florbela Espanca. Chico canta João do Vale. O pessoal da Lira Paulistana. A Cida e todo mundo. Eles invadiram meu espaço. Estão aqui comigo fazendo não sei o quê, mas alguma coisa estamos fazendo. Talvez ouvindo discos sentados nas almofadas. Bebendo, fumando, rompendo os prazeres. Que me importa ficar me sacrificando por conta das canções da nostalgia? Eu quero mais é retroceder, fazer todas aquelas transgressões que me poupei. Ainda bem que me poupei e por isso (quem sabe?) estou aqui. Forte e firme navegando na direção dos lemes. Qual deles é o indicativo do meu futuro perfeito? Amanhã tem mais. Ouço o bater das latas, das agulhas que toca o vinil corrompido pelos arranhões. E isso tudo é tão, tão charmoso. Porque ainda não consegui aprender nada na minha cabecinha. E nossos alicerces vão desmoronando. Bate o martelo em meu coração. Sim é prá ti, Cida Moreyra.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ponto Final



Espero e enquanto espero navego porque navegar é preciso para se manter bem informado porque quem não se comunica se trumbica mesmo que esse alguém seja uma pessoa repleta de enganos que são precisos insignificantes ou até mesmo atordoantes Não sei o que faço agora porque escrevo e não digo nada não pontuo não construo frases não tenho pauta e nem agenda pelo menos por enquanto só me basta dar um ponto final.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Histórias



Eu queria ter ido aquela festa. Para te encontrar. Tomaria "uns drink" e te chamaria de princesa. E você sorriria para mim e me convidaria para dançar. E dançariamos a noite inteira até a música acabar. E, no fim, eu te levaria para casa, no meu chevette, e colocaria uma fita com a tua música favorita. Na frente da porta branca  você tiraria os sapatos  e eu te beijaria antes de te dizer adeus.

E eu voltaria para casa feliz da vida pensando na hora de te ligar e te convidar para  jantar. Você escolheria o lugar. E sairiamos novamente e novamente sairiamos.

Hoje você tem um nome e uma história, assim como eu. Eu sei quem tu és, mas você não sabe quem eu sou.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mensagem Para Não Perder Espaço




Minha amada me disse ontem a noite que se eu não aparecer no vídeo ela vai me retirar da sua bloglist.

Passei a noite sonhando. De manhã, quando acordei, nada lembrei.

O que posso falar sobre o assunto?

Venho perdendo espaço. Aprendo com os mendigos, os abutres e os delegados, quero ver show, não quero saber de porcaria. Essa zorra na tv, esse domingo no parque, os faustões da vida acabada. Não quero mais nem isso, porque meu gosto, dizem, não é mais eclético, porque eu manipulo e redireciono para as minhas próprias conveniências. Porque assim me sinto grato, limpo e perfumado. Eu me blindo das chatices e idiotices mundanas. Não estou nem ai para o sucesso do Luan. Se a filha do meu amigo sabe todas as músicas eu não consigo aplaudir, porque tento evitar meu próprio cinismo. Não luto para ser autêntico, fato raro no auge dos nossos dias, quero apenas usufruir o conforto necessário e possível. Porque a resposta está dentro de mim. E só eu posso dá-la.

Eu vi


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