Buscando não se sabe bem o quê.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Enfim, Bolena



Porque o rei se apaixonou por Bolena - e ela nem era virgem - que não deixava a majestade penetrar. Apenas alguns amassos. Nada além disso. Ele endoidesceu e largou seu casamento com a espanhola Catarina, mulher mais madura. Comprou briga com a igreja -- que proibia o rompimento do santo matrimônio -- cabeças foram executadas e ele se casou com Bolena. E na noite de núpcias ela, enfim, deu.

Sua majestade gozou e gozou, gozou até nunca mais e o gozo gerou o herdeiro, o futuro rei da Inglaterra. Mas quem nasceu foi uma menina, Elisabeth. Bolena tentou outras vezes e não teve sucesso ao desejado filho. Até que a promessa acabou.

O rei, então, foi procurar outras princesas.

O povo em coro cantava: tadinha da Bolena, tadinha dela...

E o duque resolveu sussurrar nos ouvidos reais: a rainha era uma mulher sedutora, que olhava nos olhos dos homens fixamente, que sua boca dizia querer, que ela, enfim, deitava com os cortesãos. Um deles, seu próprio irmão. O rei tinha, portanto, um pretexto. Era o motivo para o fim de tudo. E ela foi levada para o quarto fechado da mais alta torre. Tinha de aguardar o resultado do julgamento e da decapitação.

O dia chegou. O executor, que veio de Callais, pegou a brilhante espada -- decorada especialmente para a ocasião -- e mediu o pescoço de Bolena. Um golpe apenas, porque a morte deve ser indolor. E ela morreu com dignidade.

E o povo em coro circulava pela cidade: tadinha da Bolena, tadinha dela.

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