Buscando não se sabe bem o quê.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Dilema Profundo


Ele estava abatido, inconscientemente abatido. Parecia fúnebre, mas não guardava rancor. Estava perdido numa memória curta e seletiva. Ele pensava em brincar de gênio quando criança. Nunca gostou dos bons heróis. Diziam e comentavam, quanta ingratidão para consigo tem aquele menino. Depois de tempos e tempos, quando o amadurecimento encontrou seu corpo, ele resolveu ser o que aprendeu a ser: uma pessoa amável, carinhosa, gentil e sensível. E ali estava ele parado olhando a vista da grande cidade numa manhã nebulosa de outono. O movimento desce, pensa. Tudo alcança seus limites até minha própria existência. Ele percebeu ali, naquele instante, que era preciso pensar mais um pouco antes de tomar medidas mais radicais. Pensando bem, ele concluiu, sempre fui um radical, sempre discordei de tudo, discordava até mesmo pelo capricho de discordar. Mas nunca demonstrei esse meu lado de discórdia porque sempre fui obrigado a concordar com tudo o que meu pai dizia.

Um comentário:

Anônimo disse...

E foi aí que você se enganou, porque ninguém é obrigado a concordar com tudo o que seu pai ou mãe ou os dois diziam e dizem... Porque a gente pode levar umas sacudidas, ir de castigo e coisas assim, mas a gente tem de exisitir e, para isso, às vezes, muitas vezes, é preciso coragem e resistência mesmo que os pais sejam umas feras... O negócio é não ter medo de cara feia nem de ameaça.

Eu vi


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