Buscando não se sabe bem o quê.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Quando o Amor Pode Fenecer


O pensamento vazio de todas as horas passa de acordo com a rotina de sempre. É ela que avalia o ânimo e o desânimo. Fazendo ginástica ou indo para a escola, o temperamento padece de algo mais. Um ser aditivo que necessita cumprir as formalidades da inconsequência e da irresponsabilidade. A ira de não se contentar com o que a vida oferece. O sabor de quero mais. Quero muito mais. Mais do que todos outros. Mais do que muita coisa. E tudo se limita a esse mesmo preceito, a angústia que alimenta os mesmos caminhos e os mesmos lados. O vício de tudo que lava a alma e que despreza o amor já conquistado. Como se fosse algo banal, que pudesse ser encontrado em qualquer esquina de qualquer lugar. Mentiras nada sinceras que agridem nosso próprio ser e fazem o coração do vivente sofrer muito mais além da conta. E o pior, faz sofrer quem não teve nenhum culpa e que apenas incorporou a inocência de uma alma que acredita nas palavras de quem diz. O cristão pode amar a felicidade, mas ele nunca vai poder enganar a si mesmo. E quando percebe o engano, padece. Existem caminhos na vida que são mormacentos e nebulosos. São caminhos que a saída só pode ser encontrada se a ajuda tiver a santa vontade de ajudar. Enquanto ela não chega, o sujeito fica cego de pouco enxergar, sequer a luz consegue ver. Distante, muito distante, no tunel da vida, está o inspetor acompanhando todos os desenlaces e anotando no velho lápis de sempre os mesmos passos e os mesmos vícios.
(foto de Maureen Bisilliat)

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