Buscando não se sabe bem o quê.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mulher Submarina




Deite em cima de mim, mulher submarina. Faça de mim o objeto do teu prazer. Quero afundar contigo nas águas ocultas da plataforma. Encontrar lá no fundo a pedra mais preciosa para te dar. E que me leves a navegar pelos mares diversos, pelos oceanos mais profundos, onde ninguém nunca foi, onde ninguém nunca passou. Quero cruzar contigo o cabo da boa esperança. Lá rezarei uma prece para que isso nunca, nunca, nunca acabe. Não vou perder jamais o fôlego. Quero nadar e mergulhar até morrer de fome e de sede. E subir contigo aos céus para flutuar entre as grandes nuvens. Atravessaremos as tempestades, os nimbus de todas as cores, desviaremos dos raios, ouviremos de perto os trovões. E no alto, lá de cima, nos transformaremos em espíritos e baixaremos gasosos e silenciosos em busca de mais diversão. Entraremos nas casas ocultas e conhecidas para olhar as intimades dos outros. E nos excitaremos com as perversões alheias. Invisíveis percorreremos os caminhos mais notáveis. E no auge da madrugada -- quando o silêncio do campo pode ser completamente sentido -- tentaremos fazer o que jamais conseguimos. Nos amar.

Eu vi


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