Buscando não se sabe bem o quê.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ardente




O domingo estava lindo e Dora foi de biquini para um posto na praia do Leblon. Ela estava adorável. Sozinha ela sentou na areia e pediu um mate bem gelado. Ajeitou os óculos, amaciou os cabelos, olhou as unhas bem pintadas e retirou da bolsa seu celular. Não havia nenhum chamado. Pediu ao Jorge, o vendedor, um sorvete de tapioca e ficou ali bem recostada de frente ao sol deslumbrando a vista do morro dois irmãos. Na frente do hotel Marina ela cantava a música da Marina assobiando com ternura toda a linda melodia. Ela se sentia bem. Era confortável estar ali sozinha, sendo bronzeada por um sol ardente como ela. Ela sabe de seu potencial, sabe do que é capaz, sabe que é admirável e admirada. E estar ali, naquele momento, exigia reflexão. Ela não estava ali à toa. Algum motivo existia. E o motivo estava bem ali defronte, do alto do último apartamento do hotel. Esperava o sinal certo para subir e passar a tarde com uma companhia enigmática, mas muito desejada. Tudo aquilo parecia muito perigoso. Mas ela estava tranquila, quando o telefone finalmente tocou.

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Eu vi


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