Dentro de mim existe um poço que reluto em descobrir. Não sei se está vazio, se está cheio, mas eu guardo nele todas as minhas aflições, os restos de minhas unhas, os meus baques cotidianos, os foras que levei quando guri, as chantagens que herdei. Outro dia, numa conversa deitada, resolvi que iria procurar a fonte desse poço. Procuro, procuro e pouco encontro a não ser uma pequena pista que considerava irrelevante, mas não é. Sigo a luta, na busca das causas dos meus receios e tento contornar minha incrível timidez esboçando um riso maduro -- sem parecer cínico -- para dizer a todos que tudo está muito bem.
2 comentários:
Pois parece que você está a levantar um sólido voo e não a se esconder em um buraco.
Somente as pessoas muito saudáveis conseguem ter esse desejo do mergulho no inconsciente.
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