Buscando não se sabe bem o quê.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O Presente da Boa Vontade




Homens ganham vinhos. Mulheres bombons. Comprei vinhos e bombons. Um gran reserva malbec de 2004 argentino e chocolates alemães. Paguei em duas vezes no cartão de crédito. Depois voltei para cá para fazer meus deveres. Nunca gostei de fazer marketing, mas é preciso ser marqueteiro pelo menos uma vez na vida - ou no ano. Não se sabe o dia de amanhã e nem mesmo o de hoje. Pode estar havendo agora uma reunião super importante que pode decidir o destino de sua vida, do seu trabalho e você enclausurado na loja comprando os finos vinhos para os seus algozes. Quem é, afinal, amigo e inimigo? Quem é o culpado e o inocente? Parece não interessar se você é competente nas tarefas que faz, o que importa é seu desempenho nos custos finais. São os números que balançam nas planilhas que decidem o futuro. Se você é caro, o que importa é reduzir os custos. Se você é barato, problema seu. Do que adianta, então, comprar vinhos caros e bombons exuberantes no final de ano, se você é apenas um número numa planilha Excel? Ora bolas, para que as pessoas tenham boa vontade com você e o seu trabalho. E no balanço de final de ano, as empresas vão decidir os cortes para o ano que vem: o fulano de tal nos presenteou no natal com um malbec argentino e gran reserva. Isso pesa. Ou, pelo menos, deve pesar.

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