Buscando não se sabe bem o quê.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Autarquias
Os ventos invadem territórios descobertos. Os tempos de fraudes magníficas. São diversas as versões. Falam. Falam tanto. Falam demais, até do cu da formiga falam. Falam os poetas. Os vivos, os fracos, os existentes. Falam dos que se acabaram, dos que se foram e não mais voltaram. Outros se tornaram inesquecíveis, por seu modo de dizer, os efeitos, porque tratam de assuntos sublimes do tipo hipocrisias da vida familiar. No contexto das contradições e seus paradoxos, o último filme da Bruna Lombardi e suas coxas grossas. A amiga de Quintana, a língua afiada.
Mudando de assunto -- e de filme -- a ousadia divina dos imortais, os deuses que morrem, os que já morreram, os titans guardados no box, as bocas presas ao ferro, eles exprimem sua própria revolta. Prometeram o inesquecível e falam de tudo e não falam de nada, porque se ouve e crê. E qual é, porra, a diferença entre "period" e "dot"?
A linha que liga dois pontos distantes. Um em Manaus e outro na terra da alegria. O vento que bate na cauda e que torna o voo mais rápido, em direção ao sudeste, onde vivem as cidades, o avião aterrisa uniformemente, a menina reencontra o pai perdido no aeroporto. Ele pede asilo e abrigo. A família embarca na van, no rumo do hotel. Estão todos tristes e despedaçados. Tristes e despedaçados, porque não conseguiram o carimbo da autarquia. E o pior ainda está por vir, eles não acreditam mais nos semáforos.
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