Buscando não se sabe bem o quê.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Lego das Palavras





Fiz isso algumas vezes,  o subversivo num espaço concreto. Eu tenho medo do quê?  Procuro lucidez e espanto. Posso ser poético, buscar  um soluço de amor, uma alma fácil de achar. Posso até mesmo, por que não? me transformar numa  espécie de predador que tenta corrigir os verbos, os substantivos delicados, os adverbos e seus significados. Rejeito bulas e manuais, porque minha incorrigível  ansiedade coloca  imediatamente em prática as engrenagens que desempacoto. As caixas são grandes e pesadas. A vida é dura e cheia de objetivos. Monto antes de analisar,  termino antes de  concluir. Os detalhes podem ser sinceros. E eu adoro a sinceridade, mas dessa vez eu passo. Porque no fundo, no fundo, tudo é jogo de palavras ou de linguagem.
O homem sempre procura um berço, um projeto de abrigo, um ninho onde o olhar cego não possa penetrar para colher ali o fruto da informação. Melhor mesmo é seguir oculto, mas sempre presente, como se fosse um velho cabide que abriga roupas jogadas.

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Eu vi


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