Buscando não se sabe bem o quê.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Os Dedos

Bate tecla forte, bate firme, bate sem parar. Não pare nunca, continua a bater, a digitar com  os dedos até ficarem cansados, até mesmo exaustos, dormentes, adormecidos e a obrigação natural  de escrever, escrever e escrever. Pequenos poemas, fagulhas, textos, cartas dominantes ou não, prosas incríveis, fantásticas, correspondências, petições, avisos, recados e tudo o que for possível manifestar com esses dedos que valem ouro. E continuo a pensar - a ouvir e a pensar - porque no meu coração não existe espaço suficiente para demonstrar tão profundo afeto. Sou limitado - e enquanto isso enxugo duas lágrimas - e portanto resolvo fazer o que sempre fiz. Esperar, aguardar até que um dia o mundo exploda sobre mim. E enquanto esse dia não chega, passo os dias a bater forte, de forma profunda, muitas vezes desarrazoada, as letras que escolho no teclado e que fazem aquele pequeno ruído tão bom de se ouvir.

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