Psiu, estou falando contigo. Sim, contigo mesmo. Tu, que estás ai lendo essa mensagem sem graça. Pois é, passei a noite em claro pensando em ti. Queria dormir e esquecer, mas não conseguia. O pesadelo atormentava a alma e revirava minha triste memória. Quando dormi já era hora de acordar. E tinha feito uma promessa de escrever uma carta de amor. Como posso escrever diante daquele trauma monumental? Estou atordoado pelos fatos. Um zumbi catatônico que amorcega as palavras de amor que deveriam surgir na minha mente cansada. Não consigo deixar de pensar em ti. Tua presença me transforma. Tua ausência me preocupa. Não sei o que eu quero. Sei o que sinto. Não posso dizer que não te amo. Estarei mentindo. E não gosto de omitir. Meu orgulho leva ao sagrado impasse. Afinal, o que fazer? Abrir imediatamente minha alma diante do acontecimento? Ou devo permanecer calado, por alguns instantes, aguardando o momento adequado - feito um inseguro, mas cauteloso predador - para abrir minha voz e dizer que te amo?
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