Buscando não se sabe bem o quê.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O Lado Intempestivo


Um formato invisível de ver as coisas. Quase mudo no pensamento. Crueldades e maldades não estão no mapa. São ilusões que passam a seguir o modelito que todos perseguem. Belle de Jour, a prostituta ideal. Balas para que te quero. Deixo o recado e a mensagem inaudível. Escondido (sempre escondido) não quero aparecer. Minha voz duvidosa parece não ser mais minha. Perdi seu controle, tal como meus dedos na tela deste computador. Perdi o controle do que penso. Uma metamorfose tomou conta de uma essência que não é minha. Cheiro o perfume que usas para disfarçar teu segredo. Reprimo a forma da compaixão. Não quero saber de novas hipóteses. Hipocrisia já as tenho o suficiente. Comprei todas as modas. As caixas e os produtos. Até mesmo o consumo de última hora. Quero me tornar um fiapo. Larguei o vinho, inclusive os Malbecs. Larguei a cultura de comer bem. E aqui estou com muita força de vontade para vencer as barreiras da necessidade. Tenho dúvidas se conseguirei. Nunca fui de levar uma vida franciscana. Nunca fui muito de levar. Também não sou muito de buscar. Insisto na média, no mito do meio termo. Sou radical moderado que vive escondido no meio do mato do pensamento. Bucolismos nem pensar. Sentimentalismos estou fora. Niilismos - bem capaz. Quero acreditar em alguém que me diga algo. Um regime para formatar meu corpo. Capacidade para extorquir a mente. Alma levada pela dignidade que não enxergo. Mas estou leve. Bem leve. Que me leve.
(mais uma escultura de Ron Mueck acima)

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