Liguei para ele e não recebi resposta. Liguei de novo e nada. Liguei uma terceira vez e o telefone estava desligado, fora de área. Insisti, liguei novamente, a mensagem apontava: esse telefone é inexistente. Com raiva da vida sai porta fora na direção do vivente. Quando lá cheguei ele estava prestando calmamente seu serviço. Olhou para mim e sorriu. Mas tchê, quanto tempo? Dá um tempinho que já te atendo. Não gosto de chá de banco, mas escolhi o caminho da melhor sensibilidade possível. Estava irritado, mas sempre existe a chance do equívoco. Depois de alguns minutos ele me falou. Eu não atendi a tua chamada porque eu ainda não tenho resposta sobre aquele assunto. Sem querer ser grosseiro, tua gravata está suja aqui. E apontou para a imensa mancha de café que havia ali. Desconcertado arrefeci. Baixei a crina e disse sim. Tudo bem. Tá bom. A gente se encontra outra hora. Sai do local louco da vida comigo mesmo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário