A carola me olha com olhos cegos. Bem feito para ela. Deslumbrada vê meus passos de ganço. Eu retorno para a posição anterior. Junto os pés, junto as mãos, faço posição de sentido. Ela me olha e ri. Parece sincera. Eu fico magro, chupo a barriga e olho para cima. Ela parece vesga e sua trança decola com o vento. Eu rígido e estático ouço minha vontade. Ela me esnoba. Catatônico fico em silêncio. O tempo tem seus ouvidos. E o pensamento faz o necessário barulho. Ela me quer ardentemente, penso. Ficou mais firme e não consigo cansar. Eu tenho o meu controle. Ela passa na minha frente e não me olha. Olha para o outro lado em direção à igreja.
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