Buscando não se sabe bem o quê.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Circunferências


Ele socorre sua própria esperança ouvindo os murmúrios da noite bem escura. O silêncio se ouve forte e não cede para ninguém. A noite é escura mas a sala está bem iluminada. No clarão do fogo ele elabora imagens esperando alguma resposta finita ou infinita. Um calor solitário surgiu no canto da fonte, iluminou o espaço oculto e serviu como regra para todo o sempre. E mais uma vez ele tentou de todas as formas conseguir o objetivo restrito aos bons de alma. Nunca é tarde, pensou. Nunca é cedo, imaginou. Mas tudo corre e tudo cresce num determinado momento. E diante do paradoxo das luzes ele tenta brilhar sozinho no meio de um palco que não existe. Como a vida parece ser breve ele aproveitou para seguir na linha como sempre fez. Algum motivo oculto, não se sabe de quem nem de onde, o impediu de rever as estrofes que ele mesmo fez há muitos e muitos anos. Ele perdeu sua própria memória, não se lembra de nada mais, apenas tem um certo pressentimento de que tudo pode acabar momentaneamente, mas ele está embriagado pela paixão da mesma mulher. A amiga íntima e oculta que está sempre ao lado, aconchegando com carinho sua cama solitária.

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