Manhã de reunião com executivos do Rio e São Paulo. Uma sala fechada sem janela, copos de água e xícaras de cafezinho. Éramos cinco pessoas. Todos mais velhos que eu. Dois na faixa dos 70 anos e dois na faixa dos 60. Tratamos de uma compra e venda de participação num grande empreendimento. Negócio pesado. Assunto tenso. Houve a proposta e depois a contraproposta e o pessoal ficou de pensar. O assunto em jogo não demorou 5 minutos, mas ficamos 2 horas naquela sala hermeticamente fechada. Caramba, foi impressionante! Nunca vi a afinidade tomar conta de um ambiente num clima como aquele. Depois de encerrado o assunto sério, falamos sobre ginástica que todos fazem, academias, bons restaurantes para comer, boas receitas para fazer, bons lugares para viajar, bons vinhos para tomar, como fazer um bom martini do jeito tipicamente americano, a onda de crack nas vilas populares, os bons tempos em que meninos de 9 anos tomavam o bonde sozinhos para ir ao colégio. No final das contas, a conversa que deveria ter sido tensa, foi extremamente agradável. Motivo óbvio: não tinha nenhum chato morrinhento e maçante para atrapalhar.
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