Buscando não se sabe bem o quê.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

As Flores do Pessegueiro


Nadir Lauro subiu na árvore. Não estava interessado em colher as saborosas frutas, mas cortar os galhos com flores brotando para vender na feira, porque agora é moda na sociedade colocar galhos de pessegueiro nas mesas de jantar. Deu na Vogue e na Marie Claire. Nadir Lauro cortou os galhos mais longos com as flores recém abertas e outras por abrir. Cortou praticamente todos os galhos mais compridos para fazer um ramalhete e vender por 4 reais na feira do Bonfim.


Jurandir Jaime chegou em casa depois do futebol de todo sábado de manhã, estava todo suado e antes do banho deu um beijo (suado) na mulher, carregava consigo um lindo buquê de flores de pessegueiro. Miriam Roberta adorou, fazia tempo que ela não ganhava flores tão extravagantes, tão diferentes.

Nadir Lauro voltou para casa, no início da tarde de inverno daquele sábado, estava bem satisfeito. Vendeu dez ramalhetes de pessegueiro. Um lucro de 40 reais. Estava mais do que bom. Quando chegou recebeu uma multa de 1oo reais da patrulha ambiental, porque havia podado, sem autorização, a árvore da frente de sua casa.

Miriam Roberta almoçou muito bem aquele dia, mas ficou pensando, por que motivos, afinal, Jurandir Jaime comprou aquelas lindas flores de pessegueiro?

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