Buscando não se sabe bem o quê.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Memória Salva




No teu seio de água doce eu manifesto a sede do amor sincero. Eu li teu texto de uma infelicidade bonita e senti nos olhos aquilo que eu sempre evitava. Uma pequena gota dágua escorreu e umedeceu as lentes do velho óculos. Tive que retirá-lo para limpar e novamente enxergar os meus afazeres. Estou com preguiça hoje em dia. Não perdi a graça da vida, porque ela é nobre, mas o passado passa te observando e ele um dia chega ao teu encontro. Por mais que a gente delete certas passagens, elas voltam num belo texto de um blog ou por vias perpendiculares, como se fossem automóveis carregados de imagem antigas que cruzam avenidas solenes. No retrovisor da vida vivenciamos a imagem que esquecemos. Ela está lá, sólida e tempestiva. Automaticamente acelero para esquecer. Mas hoje resolvi pisar no freio e contemplar o passado que ficou perdido na confusão da minha memória. Salvei a imagem como foto no meu computador. Ela está ali, límpida e arquivada, e se incorporou definitivamente na minha narrativa.

Um comentário:

Bípede Falante disse...

Que linda imagem você escolheu para ilustrar a minha infelicidade bonita...

Eu vi


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