Buscando não se sabe bem o quê.
quinta-feira, 26 de março de 2009
Engrenagem
Maldito ponto cego. Engatei o ponto morto. Parei. Olhei novamente para o lado. Meu espelinho enferruja. Ele está torto. Passa ao meu lado um carro veloz. Ele é fake. Completamente out. Engatei primeira. Não pegou. Tentei dar uma ré, andei dois metros até bater em algo que vinha atrás. Tudo isso gerou uma confusão. Não sabia onde me botar. Eu me enfiei dentro do carro e fechei todas as portas, trincos e vidros. Fiquei enclausurado. Uma dona veio conversar comigo. Ela parecia gritar, como se eu tivesse quebrado um autêntico farol de milha dourado. Não sei exatamente se ela me disse isso, mas foi o que pude perceber porque ela estava flambada de ódio. Fiquei ali calminho da silva olhando para os lado, como se nada tivesse acontecido. Quando as cabras se acalmaram insisti novamente em engatar a primeira marcha. Rezei dois terços e aves marias. Não pegou. Diabo. Claro, é só engatar a segunda direto e acelerar até o fundo. Dã. Consegui. Lá vou eu atrás do carro veloz e fake.
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