Buscando não se sabe bem o quê.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Eles


Por que eu fico em silêncio? Meu coração é de fato, porque eu faço subverter a ordem da minha conduta. Eu tenho absoluta certeza da minha imortalidade. Cara, eu sobrevivo com a força da minha vingança. Não tenho credo e nem limites. Já te falei, eu sou um condutor que não encontra freios, nem alavancas. Procuro, procuro e procuro na minha história alguém que tenha me dito um não. Um simples não. Um não repentino. Um não silencioso. Apenas um não. Já disse mil vezes que não encontro nada na minha linha do tempo. Para quê serve a memória? E por isso hoje eu faço e resolvo fazer o que eu acho certo. Eu sei o que é o certo. Se eu não gosto do cabra, ele está marcado. Se ele sobreviver é porque tem inteligência. Quem quer me carregar para um sono distante onde posso ficar submerso? Mas isso nunca ocorre, porque eu não deixo. E não venha me dizer que isso é apenas um sonho. Eu sei. Já te disse, procuro as respostas. Eu quero que alguém diga o motivo do meu erro. Me diz! A voz de alguém gritando para eu parar de machucar. De me machucar. Meu vício oculto procura sentir a dor do meu ódio e por isso me protejo. Eu sou meu escudo. Cara, eu sou meu escudo. Meu único escudo. Eles me perseguem porque eu tenho ódio de mim. Eles são os persas, os danados, os tiranos, os covardes, os mocinhos, os bandidos, as pessoas que passam e nunca enxergam o coração da minha vitrine.

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Eu vi


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