Encurralado, o ato, a conta. Sem notícia, de plantão, a noite inteira. Sublime, perda, para ter um dia tranquilo. Sem dormonid, sem guaraná - nem picaretagem. Acordou num dia de peso, calçou o tênis foi para a rua perambular. No centro tomou um taxi foi a algum lugar. Sem muita grana, deu no que deu. Estava com pressa. Meio desesperado. Normal, é assim que ele sempre anda. Dizem que é paranóia, melancolia, mas tem gente que diz que é safadeza mesmo. Sei lá, o cara é complicado mesmo. Chega ao ponto e é recebido por uma senhora velha e cabisbaixa. Ela olha para ele e não sorri. É mais um freguês de outra freguesia. Ponto.
Questão de honra, ele diz. Questão de honra. Dei minha palavra e investi minha grana. Questão de honra. Juro que não entendi bulhufas. Tentei visualizar de divesos ângulos e não entendi bulhufas. O que ele fazia ali? O que ele estava fazendo lá? Se tava sem grana, por que veio de taxi? São perguntas e outras questões que ninguém vai saber, porque o filme é enigmático. É tudo muito soturno e a obscuridade é o segredo de certos negócios.
Tá curioso? Toma um chá verde que acalma. Mas não é qualquer chá verde. Tem que ser o legítimo, o japonês mesmo.
O taxi ficou esperando e ele disse para voltar no mesmo lugar. Chegou em casa e abriu o embrulho. Não era bem um mapa secreto, mas era quase isso. Era um pequeno portal onde ele entrou e começou a falar de forma insistente. Falava da vida e falava de tudo. Falava sem parar. Falou do passado bem distante, do passado recente, do presente e dos sonhos do futuro. Falou até o tempo passar. E o tempo passou e a hora terminou. E ele foi para a rua viver a vida.
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