Buscando não se sabe bem o quê.
sábado, 27 de agosto de 2011
Vinil
Surabahya Johny, tire esse cachimbo da boca, seu rato! Nunca imaginei, como um dia poderia imaginar. Como poderia prever, como poderia? E o vinil é um encontro com a poesia. As velhas canções do século passado tocando nos equipamentos de hoje em dia. De hoje em dia. Quanto falta para terminar o dia? E Fagner canta Florbela Espanca. Chico canta João do Vale. O pessoal da Lira Paulistana. A Cida e todo mundo. Eles invadiram meu espaço. Estão aqui comigo fazendo não sei o quê, mas alguma coisa estamos fazendo. Talvez ouvindo discos sentados nas almofadas. Bebendo, fumando, rompendo os prazeres. Que me importa ficar me sacrificando por conta das canções da nostalgia? Eu quero mais é retroceder, fazer todas aquelas transgressões que me poupei. Ainda bem que me poupei e por isso (quem sabe?) estou aqui. Forte e firme navegando na direção dos lemes. Qual deles é o indicativo do meu futuro perfeito? Amanhã tem mais. Ouço o bater das latas, das agulhas que toca o vinil corrompido pelos arranhões. E isso tudo é tão, tão charmoso. Porque ainda não consegui aprender nada na minha cabecinha. E nossos alicerces vão desmoronando. Bate o martelo em meu coração. Sim é prá ti, Cida Moreyra.
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