Buscando não se sabe bem o quê.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
O Beco
Em clima de melancolia, porque o dia foi assim, caminha vislumbrando a paisagem urbana de outros bairros nem tão distantes, sente os pés que alimentam asfalto. E o andar rápido disfarça a necessidade de correr. De certa forma, podemos dizer assim, dispara cautelosamente pelas ruas, em busca de cenário de noite escura, penumbra de amor noir. Não é longe e nem perto e a luz amarela ou será verde? anuncia a parte final, sem saída, do pequeno beco, composto de velhos e novos edifícios com garagens e automóveis estacionados e no meio deles uma casa, nem humilde e nem espalhafatosa, simplesmente aconchegante onde alguém aciona o controle remoto fazendo a porta de ferro com cor de madeira se abrir e ela se abre devagar,o golden retriever que estava na coleira é solto e ele corre para cheirar o ipê roxo ou amarelo que ali está plantado. Havia ali, naquela local, há muitos anos um matadouro. O avô, na década de 60, com o velho Hudson, passava por ali para comprar a galinha do fim de semana. A cena é fotografada e reservada para ser dita em algum postal e depois comentada logo após o banho de ducha quente que tira do corpo o suor espalhado. De pijama firme e no descanso do lar localizado em outro bairro e alguns quilômetros dali vem à memória que depois será dita em alguma postagem.
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