Lá em cima elas voam. Disparam o sexto sentido. Elas estão indo para o norte. O bando sobrevoa a cidade. Os tambores do carnaval assustam. É necessário fazer o contorno em linha reta para outra direção. Ninguém sacode, nem mesmo o vento que ronda a madrugada. Dizem que elas fazem o verão. Elas assoviam na primavera comemorando o calor. A procura de insetos elas se alinham em direção a algum lugar. Entram pelas frestas das telhas para dentro do velho depósito e se batem entre as paredes. Elas estão assustadas e perdidas. Procuram uma saída que não encontram. É um pavor que não é humano. Elas se sentem seguras nas alturas, mas pousar é necessário para descansar. A vida que sobrevoa a natureza tem seus riscos, suas gaiolas. Alguém corre para libertá-las. É a utopia que descansa alegre.
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