Buscando não se sabe bem o quê.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Éramos Seis
Quando alguém morre pensamos na vida. Dizem que antes da morte passa pela mente toda a existência. Hoje pensei na existência quando me desloquei de carro para o trabalho. Não lembro de nada do que vi na rua. Não vi pessoas, carros, sinais. Não sei como está o tempo lá fora. Estava mergulhando nos meus pensamentos. Um amigo meu se separou. Ele me visitou ontem e contou que estava vivendo num labirinto de angústias. Fiquei com pena dele, porque percebi que ele não está conseguindo achar a porta do labirinto. Ele se afoga. Ele fumou seis cigarros. Eu deixei de fumar faz tempo e por isso, depois que ele saiu, eu contei as baganas. Eram seis. Éramos seis foi um dos primeiros romance que li. Uma história de uma família paulistana contada pela Maria José Dupré, lá do ano de 1943. Aos poucos as pessoas começavam a morrer, de acidente, de doença, coisas da vida. Mergulhei no livro que me deixou angustiado. Talvez a mesma angústia que carrego hoje, porque alguém se foi.
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