Poemeu Ocasional
Não quero ser o cego que desperta, meu Deus!
Não quero ser o deus que desperta, meu cego!
Não quero ser o monte que enterra suas vítimas
Não quero ser o monge que vive na sombra
Não quero ser eterno como o sonho dos justos
Não quero ser o nobre que sorri disfarçado
Procuro pétalas de cobre enlatado
Procuro bolas de pérolas da hipocrisia
Procuro o verde do funcho perfumado
Procuro rezas que me esnobe no íntimo
Procuro vítimas das mesmas circunstâncias
Não é difícil de achar
Basta colher por ai
Onde a imensidão flutua
Onde a calma é apenas símbolo
Onde o gesto é percebido
Onde tudo parece como sempre esteve
Minha singularidade imperfeita
Adentra no silêncio da madrugada
Piso com botas pesadas
As calçadas da minha cidade
Meu olhar confuso
espanta os clientes das igrejas marcadas
Sou materialista de ocasião (e necessidade)
Idealista de idéias frias
Sou supérfluo por consequência
Moro no mato de cimento
Não suporto meus vizinhos
Minha história não é a deles
Para o Grand Finale convido a esperança
Ela vem cheia de graça e sorriso fútil
De alma lavada ela bebe minha vida
E eu me transformo em deus
Cego de emoção e significado
dEUS cEGO de ídéias frias
caçador de nuvens perdidas
pintor de esperanças brancas.
Não quero ser o deus que desperta, meu cego!
Não quero ser o monte que enterra suas vítimas
Não quero ser o monge que vive na sombra
Não quero ser eterno como o sonho dos justos
Não quero ser o nobre que sorri disfarçado
Procuro pétalas de cobre enlatado
Procuro bolas de pérolas da hipocrisia
Procuro o verde do funcho perfumado
Procuro rezas que me esnobe no íntimo
Procuro vítimas das mesmas circunstâncias
Não é difícil de achar
Basta colher por ai
Onde a imensidão flutua
Onde a calma é apenas símbolo
Onde o gesto é percebido
Onde tudo parece como sempre esteve
Minha singularidade imperfeita
Adentra no silêncio da madrugada
Piso com botas pesadas
As calçadas da minha cidade
Meu olhar confuso
espanta os clientes das igrejas marcadas
Sou materialista de ocasião (e necessidade)
Idealista de idéias frias
Sou supérfluo por consequência
Moro no mato de cimento
Não suporto meus vizinhos
Minha história não é a deles
Para o Grand Finale convido a esperança
Ela vem cheia de graça e sorriso fútil
De alma lavada ela bebe minha vida
E eu me transformo em deus
Cego de emoção e significado
dEUS cEGO de ídéias frias
caçador de nuvens perdidas
pintor de esperanças brancas.
Imagens de Park Harrison, daqui.
2 comentários:
que bonito...
Eu havia lido um poema do Hilon Bensusan chamado Quero Liberar Geral e que foi postado aqui
http://depositomaia.blogspot.com/2008/10/sou-comunista.html
e que me inspirou escrever isso ai. De qualquer forma, thanks!
Postar um comentário