Buscando não se sabe bem o quê.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Feixo
Quem quiser falar com deus que segure esta ponta. Tamanha insolência é a resposta para o simples silêncio. Faz força, faz! Muito peso, mormaço, o suor das almas imaturas. O cheiro azedo das necessidades, os rancores precoces, as verdadeiras vontades, a camisa manchada de sêmen, a iludida personalidade.
Desliga o ar, abaixa o volume da caixa, a chave perdida, a senha esquecida. Pensa algo rapidamente pensa, o que jamais se pensou, o que nunca se admitiu. A coragem repentina que aparece, mas vai embora. Pensa logo, pensa. Onde nunca pisou. Onde nunca existiu. Onde não se esteve.
Um lugar do mundo, no canto de algum morro, onde poucos passam, a pele fria de um eremita, soldado isolado, com seu chapelão. O ermitão e seu imenso bacamarte que vai apontado para a cara do desprezo. Esquecido, silenciosamente esquecido.Cuidado, muito cuidado.
Os holofotes não brilham mais, porque ninguém mais quer receber o foco ameaçador de um insignificante feixo de luz. Modesto, simples, mas nunca simplório. Faça-se a luz para investigar, colocar na cara do paciente a verdadeira verdade.Ameaçadora verdade. A desprezada verdade.
Porque ninguém quer saber.
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