
Os colegas de trabalho me pediram. Não havia como trabalhar com ela. Criava cizânia, vivia reclamando, organizava intrigas. Mas ela era uma boa profissional. Os colegas me deram um ultimato: era ela ou eles. Resolvi chamá-la na minha sala e iniciei a conversa: fulana, você é nova, você está estagiando, tem todo um futuro pela frente, mas está havendo problemas por aqui e você sabe disso. E fica complicado para mim trabalhar com um grupo desunido. Eu preciso de convergência. Infelizmente, fulana, não vai dar mais para a gente trabalhar junto.
Ela me olhou com os olhos bem arregalados e as lágrimas começaram a cair e se descambou a chorar. E chorava e chorava. Eu, desajeitado para esse tipo de incidente, não sabia o que fazer e o que dizer. E a fulana chorava: dizia, como vocês podem fazer isso comigo? Depois de uma pausa falei: fulana, assimila. Vou te dar mais uma semana aqui, mas assimila.
O tempo passou, a vida continuou. Semana passada encontrei a fulana. Ela disse que estava ótima, que estava trabalhando, que queria fazer concurso, que estava para casar com um Juiz, etc. Eu fiquei apenas ouvindo, escutando o que ela dizia com certa ansiedade. Nos despedimos e cheguei a boa conclusão de que ela assimilou.
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