
Ela se chama Maria. Maria das Quintas ou Maria dos Carmos. Talvez, Maria de Fátima ou Maria do Rosário. Ou apenas Maria. Sim, apenas Maria. Maria é típica. É pequeninha, cabelos bem negros, olhar salteado e bunda grande. Maria de personalidade. Maria de ferro. Maria furiosa. Maria doente dos nervos. Quase ou semi apaixonada por José de Oliveira, assim ele se apresentava. Gajo que ela encontrou nos bares da freguesia. Com ele as coisas corriam diferente. Pelo menos, ele não queria apenas levá-la para a cama. Ela gostava, porque ele a convidava para dar umas voltas, mas não as mesmas voltas, outras voltas do tipo, olhar os prédios da redondeza e falar sobre a vida inesquecível de seus avós e suas aventuras de infância no Minho. Maria não estava apaixonada, porque nunca esteve, mas gostava, porque gostava, de ser levada e protegida pelo guarda-chuva de um homem bom com voz simples e mão molhada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário